Fonte: Portal Soteropreta
Um ditado popularmente conhecido diz que religião não se discute. Porém, os altos índices de violência alertam para a importância de abordar o assunto. Imagens quebradas, locais dos cultos afro-brasileiros depredados e ofensas públicas por meio de redes sociais. Essas são as faces da intolerância religiosa no Brasil, que perseguem os praticantes das religiões de matriz africana dia a dia.
A chegada dos portugueses, com visão etnocentrista, impôs novas tradições a um povo que já tinha a sua identidade cultural e religiosa. Qualquer ato religioso contrário era tido como proibido, gerando assim o preconceito religioso enraizado no Brasil. Ao longo dos séculos, essa ideia parece ter sido perpetuada.
Fica claro que a intolerância religiosa no Brasil precisa ser urgentemente combatida. É necessário transformar a realidade e assegurar o que está previsto no artigo XVIII da Declaração Universal dos Direitos Humanos – todo o ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião. Esse direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto público ou particular.
A sociedade poderá ser fundamentada em valores que respeitem e valorizem a diversidade religiosa e também os direitos humanos. Essa tarefa exige uma reflexão sobre as formas de intolerância e das suas manifestações concretas, gerando assim um diálogo para uma cultura de paz.
É de suma importância o desenvolvimento de variadas formas de luta contra a intolerância que podem ser viabilizadas nas representações, encontros, abaixo-assinados e mobilizações públicas. Além disso, o combate ao fundamentalismo religioso, que pode causar impactos negativos na sociedade.