Fonte: Huffpostbrasil
Intimidação constante, hostilização, perseguição, ameaça e lesão corporal são características que definem o bullying. Dados da Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil 2016 apontam que 73% dos estudantes LGBT brasileiros foram vítimas desse tipo de violência por meio de agressão verbal e 36% foram agredidos fisicamente.
Nos meios digitais, que funcionam como extensões do mundo real, a reprodução de um comportamento hostil e abusivo pode assumir a forma de LGBTIfobia, já que por vezes expressa preconceito baseado na orientação sexual ou na identidade de gênero do outro.
A fim de combater esse tipo de violência online, a TODXS, startup que atua na promoção dos direitos da comunidade LGBTI, e o Facebook Brasil lançam nesta quinta-feira (15) o guia Ponha Fim ao Bullying LGBTI+, disponível para download gratuito na Central de Segurança do rede social e no site da TODXS.
"Temos visto aumentar o número de manifestações de ódio na internet e quando as pessoas fazem essas agressões online elas se sentem protegidas por trás da tela do computador. Portanto, temos uma perspectiva muito promissora com o lançamento do Guia", conta Fernanda Castilhos, gerente de desenvolvimento da TODXS.
"Ter uma ferramenta de denúncia, que dá suporte e ensina como e onde denunciar pode ser crucial para que consigamos endereçar ações positivas, que levem ao fim do ódio online, acabando também com a permissividade do bullying cometido por meio das redes sociais", completa.
DIVULGAÇÃO/FACEBOOK/TODXS
Com texto conciso e direto, o guia de 8 páginas incentiva as pessoas a denunciarem a LGBTIfobia online e traz informações sobre as políticas e as ferramentas de segurança do Facebook para ajudar o usuário a se manter seguro. O material também esclarece dúvidas sobre questões de gênero e orientação sexual, discute o bullying e suas consequências e apresenta orientações de como se combater positivamente o bullying on e offline.
Fernanda comemora a parceria com uma plataforma "acessível e popular" que, segundo ela, possibilitará o empoderamento de pessoas da comunidade LGBTI no sentido de não mais tolerarem abusos contantes na rede social.
"Temos, ainda, a perspectiva de uma maior adesão e a possibilidade de conscientização da população brasileira de que nenhuma pessoa merece sofrer bullying pela maneira como se vive, sendo quem se é de verdade", finaliza.