Fonte: MinhaOperadora
Ao divulgar os resultados do primeiro trimestre de 2018, a Oi destacou, nesta terça-feira (29), alguns indicadores que mostram que o plano de recuperação judicial tem surtido efeito para a companhia. O EBITDA de rotina, por exemplo, aumentou 20,5% em relação ao último trimestre, chegando a R$ 1,57 bilhão.
Depois da aprovação do plano, a Oi reduziu sua dívida em mais de R$ 36 bilhões e conseguiu retomar seu ciclo de investimentos. Também a partir da reestruturação da dívida, o patrimônio líquido da empresa volta a ser positivo, atingindo o patamar de R$ 28,9 bilhões. O lucro contábil foi de R$ 30,5 bilhões.
Apesar disso, a posição de caixa no final de março de 2018 foi de R$ 6,2 bilhões, uma redução de 19% no ano e 11% em comparação com o último trimestre. Segundo a companhia, esse resultado era esperado, já que, além do pagamento de Imposto de Renda, eles também anteciparam os investimentos para este ano no último trimestre.
Quanto à receita líquida da Oi no Brasil, somou R$ 5,6 bilhões. O número foi 7,3% menor do que no ano passado, um reflexo do corte das tarifas de interconexão e ligações de fixo para móvel, além da queda do tráfego de voz, nos volumes de recarga do pré-pago e no segmento B2B. Os fatores negativos, segundo a Oi, foram compensados pelo crescimento das receitas de TV paga.
Entre outros destaques divulgados, a Oi conseguiu reduzir R$ 318 milhões de custos com eficiência operacional em relação ao primeiro trimestre de 2017, e R$ 426 milhões em relação ao quarto trimestre do último ano.
O foco na digitalização de serviços e processos e as iniciativas de melhoria de qualidade de atendimento fizeram com que a Oi pudesse melhorar os indicadores de reclamações da Anatel (-24%), do JEC (-23,4%) e do Procon (-5%). Executivos da empresa afirmam que a oferta de Dia das Mães, pautada pelo lançamento do Oi Mais Digital e as novidades de conteúdo no portfólio, fizeram com que mais clientes procurassem a empresa, principalmente no segmento móvel.
Agora, a companhia se prepara para um novo ciclo de crescimento e espera oferecer mais qualidade de serviços com os investimentos financiados pelo aumento de capital, que deve ocorrer em breve. Serão pelo menos R$ 7 bilhões por ano, voltados para acesso nas redes fixa (com FTTH e FTTC) e móvel (expansão do 4G com o refarming 1800 MHz). O Minha Operadora já falou sobre isso com detalhes na matéria "Veja tudo o que a Oi revelou sobre sua cobertura 4G e 4,5G para 2018".
A Oi encerra o mês de março com 3.407 municípios cobertos com 2G, 1.625 municípios no 3G e 826 municípios no 4G. E do total de 59.212 clientes (-6,6%), 9 mil têm telefonia fixa, 5 mil banda larga, 1,5 mil TV paga e 36,4 mil são do segmento móvel (29,6 mil no pré e 6,7 mil no pós). No B2B, ainda há 6.539 clientes.
Veja o que disse o presidente da Oi, Eurico Teles, em conclusão sobre os resultados do trimestre durante a teleconferência realizada nesta terça-feira:
“Estamos completamente comprometidos com a execução do plano de recuperação judicial em entregarmos um EBTIDA em linha com as projeções. O caixa da companhia permanece em patamar saudável, e dentro do que foi previsto demos segurança e estabilidade para que sigamos com investimento. Seguimos buscando oportunidades de redução de custos, suportadas pela transformação digital de nossos serviços. Assumimos o desafio da receita, e estamos trabalhando em diversas estratégias, aproveitando nossa infraestrutura existente, para capturar oportunidades de crescimento de mercado. Temos um plano de Capex pronto, estamos trabalhando nas etapas da TRJ para anteciparmos o aumento de capital que financiará esse plano e irá acelerar o crescimento das nossas receitas. Reduzimos nossa dívida e estamos financeiramente saudáveis novamente. Estamos prontos e motivados para trabalhar para que essa empresa retorne seu lugar competitivo no mercado e entregue para clientes, stakeholders, credores e colaboradores o retorno que esperam de nós”.