Notícias 20/02/2014

Após pressão sindical, Vivo retoma plano de saúde

Após as denúncias feitas pelo Sinttel Bahia à Justiça, à imprensa (ver fotos) e à sociedade referente à retirada do plano de saúde dos empregados, a Telefônica recuou e reativou os planos Bradesco e Unimed Seguros. Essa foi mais uma vitória conquistada pelos trabalhadores e pelo Sindicato, que não se renderam à pressão patronal e buscaram a manutenção dos seus direitos conquistados historicamente.

Através de comunicado interno, a empresa reconheceu a derrota ao afirmar que reativou os planos em cumprimento à liminar que o Sindicato impetrou, mas afirma que com essa atitude demostra respeito por seus colaboradores. Ora, se a empresa realmente respeitasse e reconhecesse o valor dos seus empregados, ela modificaria de forma autoritária e intransigente o plano de saúde, deixando os seus colaboradores e dependentes sem assistência médica por uma semana?  

O departamento jurídico do Sinttel  Bahia já peticionou o pedido do pagamento de multa pelo não cumprimento da liminar emitida pela Justiça do Trabalho.  O Sindicato também alerta que a ausência de assistência médica entre os dias 01 e 07 de janeiro de 2016 pode suscitar pedidos de ações por danos morais pelos trabalhadores que tiveram atendimento médico negado neste período. 

Telefônica/Vivo, pega muito mal desrespeitar os trabalhadores

Vale salientar que o desrespeito da empresa  com os seus “colaboradores” não gira em torno somente do plano de saúde, sendo demostrado também durante a campanha salarial, quando  a empresa tenta empurra goela abaixo dos trabalhadores um reajuste salarial correspondente a um terço do que lhes é devido.

Enquanto o  Índice Nacional de Preço ao Consumidor – INPC do período foi de 9,88% e o salário mínimo nacional  foi reajustado em 11,68%, a Telefônica ofereceu apenas 7% de reajuste para os seus empregados. Somando os índices inflacionários do INPC com o reajuste do mínimo chegamos a 21,56%, ou seja, três vezes mais do que a operadora quer pagar aos seus colaboradores.

A empresa ainda quer manter aos empregados  das lojas parâmetros  como o Índice  de Satisfação do Cliente – ISC como critério para pagamento da Comissão. Com as constantes reclamações que os clientes têm feito contra a Vivo na imprensa e em órgãos de defesa do consumidor, a inclusão do ISC na Comissão só vai gerar redução de valores  das comissões para os empregados.

Discriminação impera da operadora

Os  Analistas Comerciais, mesmo participando de forma efetiva dos serviços prestados pelas lojas, não têm  direito ao recebimento da  comissão, enquanto os demais cargos recebem salários mais comissões.

Nas lojas, os valores dos  benefícios pagos pela operadora têm valores diferenciados entre os empregados. Os prestadores do serviço pós pago estão com as comissões reduzidas em até 80%. 

Como a empresa não sinalizou com a possibilidade de avançar na sua proposta para fechamento do Acordo Coletivo e para isonomia nos benefícios entre todos os empregados, o departamento jurídico do Sinttel está encaminhando a negociação do ACT para dissídio coletivo.  Buscaremos através desse instrumento jurídico a manutenção dos benefícios conquistados e o fim da discriminação entre os empregados da Telefônica.

 

 

 

 

 

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