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Já parou para pensar quantas mulheres existem em você? Sim, nós mulheres podemos ser diversas, estar onde quisermos e conquistar o que almejarmos. Podemos ser tatuadas ou não, negras, brancas, indígenas, gordas, magras, usarmos cabelo black, liso ou termos a cabeça raspada, criarmos nossos filhos ou não tê-los, sustentar nossa casa ou sermos as donas do lar, ser LGBT ou heterossexuais, teleoperadoras, empresárias, domésticas... Muitas de nós possuímos alguma limitação física, mas é a nossa cabeça que não nos deixa parar no tempo e nos faz acima de qualquer situação, aguerridas.
Para valorizar ainda mais quem somos, no dia 8 de março é comemorado o Dia da Mulher. Para celebrar esta data, o Departamento de Mulheres do Sinttel Bahia startou a campanha de valorização da mulher que questiona “O que é ser mulher para você?”, a qual selecionou trabalhadoras da nossa categoria para dar a voz neste informativo e em vídeos que serão exibidos em nossas redes sociais no período de 05 a 08 de março. É o momento de nos conectarmos ainda mais e nos tornarmos parceiras, ou seja, colocar em prática o Feminismo.
Feminismo é o movimento que pauta a igualdade do gênero feminino para com o masculino e, em nada tem a ver com a superiorização da mulher e inferiorização do homem. Busca o direito da mulher à autonomia, à integridade do seu corpo, às suas escolhas sexuais, melhores condições de trabalho e etc., e vai de encontro a todas as formas de discriminação.
O movimento não é uma tendência, é uma condição de direito que visa a desconstrução do machismo e os padrões estipulados pela sociedade patriarcal que ao longo do tempo colocou as mulheres numa condição diferente em relação ao homem.
Nos últimos anos, as mulheres têm participado e se destacado em diversas lutas em favor dos direitos, principalmente no que diz respeito à classe trabalhadora, como nas paralisações contra a Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista, reformas que atingem intencionalmente o gênero feminino como a exposição da gestante em ambiente insalubre, aumento do tempo de idade e contribuição, carga horária de trabalho extensa, limitação do acesso à Justiça, dentre outros.
O feminismo é também uma luta coletiva contra a opressão, assédios, LGBTfobia, racismo, violência doméstica, verbal e social, diferenças salariais, e em favor do direito a saúde, segurança, moradia, melhores condições de trabalho, empregabilidade, educação e políticas públicas.
No setor de telefonia, as mulheres são 90% e massivamente se incluem nas atividades da categoria. No início deste ano, numa greve de 21 dias realizada pelo Sinttel Bahia e trabalhadores e trabalhadoras contra a redução salarial na Tel Centro de Contatos, foram elas – mães de família, lésbicas, trans, jovens e senhoras - as linhas de frente do movimento que repercutiu nacionalmente e teve um final vitorioso.
Ser feminista é estar consciente dos seus direitos e agir coletivamente em favor de todas as mulheres.