Os trabalhadores da Claro e da Embratel agora integram o Grupo América Móvil e não estão nem um pouco satisfeitos com as imposições da empresa, que insiste em precarizar as condições de trabalho e trazer insegurança profissional para os seus empregados. A fusão, antes vista como expectativa de crescimento profissional e de mercado, agora representa um grande pesadelo para os “colaboradores” do Grupo.
A proposta da América Móvil para fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho foi rejeitada pelos empregados oriundos da Claro e da Embratel e o principal motivo para essa rejeição foi justamente a intransigência da empresa em impor cláusulas que representam prejuízos para a categoria. Entre as principais modificações que acirraram o descontentamento dos trabalhadores estão o reajuste salarial abaixo da inflação, a não concessão do benefício do auxílio creche para os homens recém-contratados da Embratel e a manutenção da exclusão do benefício para os homens contratados pela Claro; o congelamento do tíquete alimentação - que a empresa quer repetir o calote e não reajustar pelo segundo ano consecutivo - , além da retirada do plus da hora extra.
O Sinttel já foi comunicado de que a empresa, inconformada com a derrota nas urnas, está constrangendo os trabalhadores com comunicações internas contendo ameaças de que não dará continuidade ao processo negocial para fechamento do ACT. Ou seja, a empresa se nega a ouvir a voz das urnas e insiste em manter a sua proposta vexatória que representa a retirada de benefícios conquistados historicamente pelos trabalhadores.
O trabalhador já deixou bem CLARO que não aceita retrocesso.
A proposta da América Móvil está muito aquém do que está sendo negociado no mercado. As demais operadoras estão oferecendo reajustes maiores e com a manutenção e/ou ampliação de benefícios.
Veja abaixo a tabela com o cenário das últimas negociações das operadoras e compare o quanto a América Móvil quer mexer nos seus direitos: