Escrito por Cedro Silva, presidente da CUT Bahia

O balanço político que a presidenta Dilma Rousseff fez hoje (01.01.2016) e divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, traz a realidade nua e crua de um país que avançou muito nos últimos governos Lula e Dilma; sendo que muitas vezes pressionados pelos trabalhadores e pelas trabalhadoras. 

Isto é inquestionável, tanto os avanços conseguidos como as pressões feitas pela classe trabalhadora para o Brasil avançar.  Desta forma, esperamos que logo no início do ano o governo dê a senha que a guinada é para a esquerda, sobretudo para uma nova política econômica e fiscal. Não vamos tolerar, nem aceitar que a classe trabalhadora pague sozinha a conta da reforma econômica e fiscal, muitas vezes com a perda de empregos que já somam mais de 1,5 milhão de desempregados em 2015 e a retirada de direitos como aconteceu através das medidas provisórias 664, 665 e o PL 4330, que só não saíram piores por conta das denúncias e várias lutas que fizemos nos quatro cantos do país.

 O que queremos é uma nova política econômica e fiscal que possa retomar com urgência a criação de novos e melhores empregos e a ampliação de direitos. O governo sozinho não é capaz de enfrentar os partidos golpistas de direita, os maus políticos, nem os empresários corruptos como também a mídia golpista. Vamos continuar nas ruas, de onde nunca saímos, para barrar o golpe que as elites dominantes, raivosas e preconceituosas querem dar na democracia brasileira. Não vai ter golpe e golpistas não passarão. 

O governo precisa imediatamente, ao raiar o novo ano, se comprometer com as mudanças que queremos como: baixar os juros, taxar as grandes fortunas, as remessas de lucro para o exterior e as heranças. Trazer a inflação para o centro da meta estabelecida de 4,5% e investir mais no capital produtivo que é o responsável pela geração de empregos e que sejam estes de qualidade e com salários dignos. É essa a visão que me faz concordar com a avaliação que a presidenta faz do seu governo em 2015 e de quanto avançou. Neste sentido, reafirmo que que para o país avançar o trabalhador não pode perder. Continuo acreditando no governo que elegemos e que a saída é pela esquerda e de mãos dadas com a classe trabalhadora para nunca mais se perder no caminho da volta. 

Cedro Silva

Presidente da CUT Bahia