Fonte: Telesintese.com
Após reunião de quase quatro horas com os controladores da Oi, o conselho diretor da Anatel está mais aliviado com a situação financeira e operacional da empresa, disse agora há pouco o presidente da agência, Juarez Quadros. E, depois de muitos meses levantando a hipótese de intervenção ou decretação de caducidade da concessionária, Quadros afastou hoje essa possibilidade e disse que após o fechamento do mercado a Anatel irá soltar uma nota, quando será detalhado o resultado da reunião.
Participaram da reunião com a Anatel pela Oi os conselheiros Luís Palha (do grupo Pharol, que está respondendo interinamente pela presidência, já que José Mauro está doente), Thomas Reichemen e Ricardo Reisen, também representando os maiores acionistas. Nelson Tanure, Demian Fiocca e Hélio Costa estavam presentes pelo fundo Sociète Mondiale e Eliane Lustosa, pelo BNDES, mas ela não é conselheira eleita pelo banco. Também esteve presente Willian Sters, que já foi aprovado para integrar o conselho mas ainda não recebeu a anuência prévia da Anatel.
Pela Oi, estiveram presentes o CEO, Marco Schoereder, e Carlos Eduardo Monteiro, VP regulatório.
Conforme Quadros, os dirigentes da operadora fizeram uma apresentação do processo de recuperação judicial. Além da questão da recuperação judicial, foi tratada também dívida que a empresa tem com a Anatel, que está listada na Recuperação Judicial, mas essa medida não é aceita pela AGU. “A reunião foi produtiva. E nós vamos soltar uma nota após o fechamento da bolsa”, disse Quadros.”É a primeira vez que se faz uma reunião do conselho diretor com os donos da companhia. Antes só tratávamos com os executivos ou com parte dos sócios”, salientou.
Segundo Quadros, dois pontos serão tratados na nota – a própria recuperação judicial da operadora (a assembleia de credores está marcada para setembro ou outubro) e a questão da dívida da Anatel, que nem a AGU nem a Anatel querem incluídas na negociação global com todos os credores da Oi.
O presidente da agência disse ainda que a Oi apresentou a sua situação operacional, financeira e o plano de recuperação aos credores. “Estamos satisfeitos. A reunião foi boa para Anatel, para a Oi e para o país, pois é preciso preservar a operação da companhia”, completou o presidente.