Foi uma verdadeira decepção a reunião realizada entre o Sinttel Bahia e o Sinstal, sindicato patronal que representa as prestadoras de serviços de rede. Na Bahia, estes serviços são prestados pelas empresas, Icomon, Icatel, EGS, Huawei, Nokia, Logictel.

 O sindicato patronal alegou dificuldades financeiras geradas pela crise econômica e política para não avançar na proposta de reajuste dos itens econômicos da Convenção Coletiva de Trabalho. O Sinttel argumentou que, com crise ou se crise, os trabalhadores produziram, por isso merecem um reajuste digno.

Como o Sinstal insistiu na proposta medíocre de apenas 3% de reajuste, e de forma parcelada, o Sinttel rejeitou a esmola. Uma nova rodada de negociação está agendada para ocorrer nos dias 31 de julho e 01 de agosto, em São Paulo. Nesta reunião estarão presentes os representantes sindicais de todos os estados do Nordeste.

Confira abaixo a proposta indecente do patronato:

Icomon apresenta pacote de maldades

Não satisfeita com essa proposta patronal medíocre, a Icomon, alegando que apenas ela e a Icatel pagam cesta básica, propôs a retirada do benefício em troca de um abono indenizatório no valor de R$ 500 ,em parcela única. Será que a Icomon acha que trabalhador não sabe fazer conta, já que R$ 500 só cobre dois meses de cesta básica? Como se não bastasse, a empresa propõe ainda criar uma escala de trabalho no intuito de diminuir ainda mais o sobreaviso e coparticipação no plano de saúde alegando que os trabalhadores não estão sabendo utilizar a assistência médica, como se o trabalhador fosse ao médico sem necessidade.

Para protestar contra as propostas indecentes apresentadas pela Icomon, o Sinttel convoca os trabalhadores para uma reunião setorial na Sede da empresa, na próxima sexta-feira (28), às 17h30, para discutirmos formas de luta afim de  pressionarmos a direção da Icomon a manter o que já foi conquistado. Pedimos aos trabalhadores que vistam roupas pretas em sinal de luto pelo respeito profissional que a Icomon está enterrando quando oferece uma proposta medíocre como essa para os seus empregados. 

Icatel muda plano de saúde

Na reunião setorial realizada pelo Sinttel Bahia na semana passada, os trabalhadores reclamaram da mudança unilateral do plano de saúde feita pela empresa. Os empregados reclamam da qualidade e da cobertura do Hapvida em relação ao plano anterior.

Demora no atendimento, falta de profissionais de diversas especialidades, além da distância das clínicas para serem atendidos, foram algumas queixas registradas pelos trabalhadores.

O sinttel discutirá com empresa melhorias para o plano de saúde.

EGS perde contrato para Engeset

No próximo dia 31de julho, os trabalhadores da EGS se despedirão da empresa. Quem assumirá o contrato da TIM será a Algar/Engeset, velha conhecida de todos os sindicatos, por precarizar as condições de trabalho.

 Desde que soube da notícia, o departamento do jurídico do sindicato se antecipou e pediu uma mediação no Ministério Público do Trabalho. A intenção do sindicato é lutar para manter os benefícios oferecidos pela EGS, principalmente a cesta básica e plano de saúde, pois soubemos que de que estes serão os alvos principais da prestadora de serviço para aumentar seus lucros. Fala-se, inclusive, que os trabalhadores só terão direito ao benefício depois de 90 dias, um verdadeiro absurdo. Estranho porque até agora a empresa não procurou o sindicato para formalizar o acordo coletivo de trabalho. De antemão já avisamos que não aceitaremos retirada de benefícios.

CCP da EGS

O Sinttel procurou a direção da EGS e propôs instalar uma Comissão de Conciliação Prévia – CCP para facilitar as rescisões dos contratos. O objetivo do Sindicato é assegurar que todos os direitos trabalhistas sejam repassados aos trabalhadores sem deixar uma pendência sequer. Dentre as demandas está a periculosidade que representa 30% do salário dos trabalhadores de campo.

A diretoria da EGS se comprometeu  a responder ainda nesta semana se aceita ou não, a CCP.  

O departamento jurídico do Sindicato está à disposição dos trabalhadores para processos trabalhistas e previdenciários. Vale lembrar que ao ingressar com uma ação através do corpo jurídico do Sindicato, o trabalhador não pagará a taxa de até 30% cobrado por advogados particulares, além de contar com a experiência de já ter ingressado e ter vencido em ações que beneficiaram centenas de trabalhadores do setor.

Leia aqui o informativo