No último dia 12, o secretário geral do Sinttel, Orlando Helber, participou da Audiência Pública sobre as Reformas Previdenciária e Trabalhista, no Auditório Pedro Calmon da Assembleia Legislativa da Bahia, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

O evento foi realizado pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal e contou com a ilustre presença do Vice-presidente da entidade e senador Paulo Paim, que na oportunidade e junto à deputada Alice Portugal, receberam o livro “Registro de Uma Luta por Anistia - Demitidos das empresas estatais durante o Governo Collor, de autoria de Orlando Helber, que conta de forma documental  as lutas dos empregados demitidos por anistia.

A Audiência ainda contou com participação em mesa da secretária do Emprego, Renda e Esporte, Olívia Santana; do procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Alberto Balazeiro, do deputado estadual Daniel Almeida; dos presidentes das centrais Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Cedro Silva e Aurino Pedreira; da vereadora Aladilce Souza; pesquisadora do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Ana Georgina, dentre outras personalidades.

Durante o evento foi citado a infundada justificativa do déficit da Previdência, a qual já vem sendo esclarecida e descontruída através de dados fornecidos por auditores e pesquisadores do DIEESE, e os impactos que as reformas causariam à toda população brasileira, sem distinção de gênero ou classe social, como a legalização do bico; redução de consumo econômico interno; diminuição dos direitos de pensionistas; regulamentação do teletrabalho; inexistência de emprego; fim de estabilidade para gestantes; não observação da dupla jornada das mulheres; condições insalubres e etc.  

O idealizador do Estatuto da Igualdade Racial e senador, Paulo Paim fez uma análise do atual momento vivido pelas centrais sindicais junto ao povo brasileiro “As centrais estão unidas e o povo se abraça para barrar os desmontes. Vivemos um momento nunca antes vivido na história: todas as áreas, setores e grupos da sociedade lutam juntos e resistem a estas reformas, o dia 28 foi uma data para nunca esquecer, uma data histórica na qual o povo parou para gritar “Fora Temer”, vibrou.

Através da transmissão ao vivo pelas redes sociais, Paim fez duas propostas ao presidente Michel Temer: A primeira sugeriu que o mesmo tivesse um minuto de lucidez e retirasse no dia seguinte as reformas Trabalhista e Previdenciária. A segunda sugeriu que o presidente renunciasse o seu mandato para o bem geral da nação e, enquanto Paim falava o auditório levantava e gritava em alto e bom o “Fora Temer”. O senador ainda avisou que a resistência não ia parar até a derrubada dos ditadores e conclamou a todos o para ocuparem Brasília, no dia 24.