Notícias 25/04/2017

GREVE: trabalhadores de braços cruzados no dia 28 de abril

No dia 28 de abril, nossa categoria também dirá não às reformas da previdência e trabalhista. Agora é greve! Os trabalhadores em telecom cruzarão os braços. Será a nossa forma de deixar claro para o governo: nenhum direito a menos! 

 

O Sinttel convoca todos da categoria a fazer o seu papel como cidadão. Dia 28, cruze os braços e impeça a retirada dos seus diretos! 

Com as demais categorias, mostraremos a força dos trabalhadores e paralisaremos o Brasil. 

 

Trata-se de uma atitude de consciência sobre o nosso futuro, o de nossos filhos e netos.  

 

Inclusive, os funcionários do Sinttel, tanto das sedes quanto das subsedes, irão aderir à grande greve geral.

 

O dia 28 de abril é uma excelente oportunidade para a sociedade dar sua resposta à classe política brasileira.

 

Precisamos resistir. Todas as centrais sindicais, os sindicatos e os movimentos sociais estão mobilizados pelo sucesso do dia 28 de abril. 

 

Alterações na previdência 

 

Muita coisa está em jogo. O governo tenta fazer a população temer ao usar argumentos que não condizem exatamente com a realidade. Fala-se em quebra do sistema, mas será que isso faz sentido mesmo? A Previdência faz parte da chamada seguridade social que, de acordo com a Constituição, é mantida com as contribuições ao INSS dos trabalhadores, das empresas e de parte dos impostos recolhidos pelo Governo Federal. 

 

O problema é que o Governo, em vez de injetar sua parte do dinheiro, não contribui. Para piorar, o governo pratica a chama Desvinculação de Receita da União (DRU), que nada mais é do que a retirada de parte do dinheiro que abasteceria a previdência para pagar os juros da dívida pública. Ou seja, é a retirada de dinheiro do povo para engordar os ganhos de grandes investidores e banqueiros. A reforma é um desmonte da previdência pública e torna mais atraente a seguridade privada, por meio de planos ofertados justamente pelos bancos. Ou seja, a reforma atende, mais uma vez, aos interesses de grandes grupos financeiros privados. 

 

Além de diminuir o valor dos benefícios, a proposta limita a possibilidade de acumular pensão e aposentadoria. Na prática, isso significa que muitos brasileiros terão uma renda menor para viver. Com a idade mínima de 65 anos a desigualdade se agrava ainda mais. No norte e nordeste do Brasil, assim como em áreas periféricas das demais regiões do País, a expectativa de vida é menor do que 65 anos. Na prática, isso significa que muitos trabalhadores não se aposentarão nunca. Para piorar, a idade mínima é progressiva e ao longo do tempo chegará a 70 anos. É novamente os mais pobres tendo que sustentar os mais ricos, agravando a injustiça social do país. 

 

Alterações trabalhistas

 

No que diz respeito às alterações trabalhistas propostas pelo governo, muita coisa pode piorar. O presidente do Sintetel, Almir Munhoz, já chamou atenção para o risco de o negociado entre sindicatos e empresas prevalecer sobre a CLT. O problema não é a capacidade de negociação dos sindicatos, mas sim a força que se terá para resistir a retirada de conquistas asseguradas pela CLT em momentos de crise.

 

O governo acena com o sufocamento dos sindicatos. De um lado tenta retirar as fontes de financiamentos das entidades dos trabalhadores e, contraditoriamente, de outro, quer dar mais força para os sindicatos nas negociações. O resultado dessa combinação é mais insegurança para o trabalhador. Entidades fracas, com poucos recursos para resistir e mobilizar, e que devem negociar sem uma lei que assegure conquistas mínimas. A corda tende a arrebentar para o lado mais fraco e os patrões e o governo sabem disso.

 

Só a resistência pode fazer com que os trabalhadores não vejam ameaçadas conquistas como as férias de 30 dias, a jornada de trabalho de 8 horas diárias e a impossibilidade de se reduzir salários. São diversos os pontos preocupantes. O movimento sindical está alerta. Por trás do discurso da modernização, esconde-se a tentativa de aumentar ganhos dos empresários e impor perdas de dinheiro e benefícios aos trabalhadores.

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