A negociação do Acordo Coletivo de Trabalho - ACT nem bem começou e a Oi já dá a entender que os trabalhadores terão que pagar a conta da ingerência da empresa. Durante a reunião realizada no dia 17 de novembro entre os representantes da Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações – Fenattel e os representantes da Oi, dentre eles o presidente da empresa, Marco Schroeder, em São Paulo, foram abordados pontos como a recuperação judicial, a intervenção da Anatel, o Placar e o Acordo Coletivo.
Mesmo demonstrando otimismo quanto ao andamento das negociações envolvendo a proposta de acordo com três das quatro classes de credores (trabalhistas, fornecedores e BNDES) e a não intervenção da Anatel na empresa, os gestores da operadora propuseram a manutenção de todas as cláusulas do atual acordo e de seus anexos sem nenhum tipo de reajuste. Ou seja, congelar o atual ACT por um ano! Ratificamos que não aceitaremos esse desaforo e que pleiteamos uma proposta que traga benefícios, além de recuperar as perdas acumulados durante todo o ano. Não podemos nos acomodar e aceitar de braços cruzados esse absurdo. Precisamos nos mobilizar para reverter o jogo e garantir uma proposta justa e condizente com o nosso trabalho.
A reunião que estava prevista para o dia 29 de novembro foi adiada. As novas datas para negociação do ACT são 06, 07 e 08 de dezembro.
Veja abaixo alguns itens da proposta sindical que serão discutidas durante a negociação:
- Manutenção de todas as cláusulas do atual acordo e de seus anexos por dois anos;
- As cláusulas econômicas serem reajustadas pelo INPC integral (8,5%);
- Antecipação do décimo-terceiro salário de 2017, em dezembro de 2016;
- Antecipação de metade de um salário nominal do Placar, em dezembro de 2016;
- Tíquete extra no montante de R$ 1.000, em dezembro de 2016;
- Estabilidade no emprego por dois anos.
Placar
Foi anunciado pelo presidente da operadora que de janeiro a setembro alcançamos apenas 0.7 salários. Sabemos que esse percentual baixo é de responsabilidade dos controladores que não estão sabendo investir corretamente do negócio.
Como os trabalhadores nunca param de produzir, a empresa afirma que os números quanto à qualidade e a produtividade têm aumentado e que alguns dos indicadores do programa estão sendo atingidos, o que garante o pagamento do Placar. Frisamos que não aceitaremos um Placar irrisório por conta da ingerência da empresa.