Fonte: Teletime
Entidades sindicais que representam os trabalhadores também devem apresentar petição junto à Juíza da 7ª Vara Empresarial com o objetivo de serem admitidos como "terceiro interessado" no processo de liquidação da operadora Oi, além de pedirem a reformulação da sentença que decretou a falência da empresa.
As federações afirmam que a falência, após longos anos de fracasso na recuperação judicial, abala profundamente os empregados. O principal pleito é que, mesmo no contexto da liquidação, a Justiça priorize:
Em outra frente, as federações também apresentaram pedidos formais de audiência em regime de urgência com os Administradores Judiciais da Oi e, especificamente, com a Interventora Judicial da Serede e Tahto, Tatiana Binato.
As entidades sindicais argumentam que a urgência do diálogo é fundamentada no Tema 638 do STF, que exige o "diálogo prévio, leal e efetivo" com as entidades sindicais para a validade de qualquer dispensa em massa de trabalhadores.
Lideradas pela FENATTEL e outrasfederações, entidades que representam cerca de 1,5 milhão de trabalhadores, dos quais aproximadamente 20 mil são empregados diretos e indiretos do Grupo Oi, também buscaram apoio político para o caso da Oi.
Os representantes sindicais tiveram audiência com a ministra Gleisi Hoffmann, em Brasília, que também contou com a presença de um representante do Ministério das Comunicações, onde discutiram o futuro da empresa.
As entidades destacam que o ponto alto da reunião foi o posicionamento do representante da Anatel, que segundo as entidades teria demonstrado "profundo conhecimento da temática e se mostrou favorável a discutir com mais aprofundamento a intervenção judicial que resultou no início da liquidação parcial da Oi" e "tentar rever" a decisão.
Com a mobilização, a representação dos trabalhadores pretende traçar uma "estratégia jurídica para atuação junto à questão desse processo falimentar" e, politicamente, insistir na manutenção das atividades e dos postos de trabalho.
Os salários dos trabalhadores foram pagos. As entidades sindicais também exigem da empresa um Plano Estruturado de Demissões para os próximos três, seis e 12 meses, contendo iniciativas concretas para mitigar os impactos sociais e evitar a "deterioração do clima interno no ambiente de trabalho".