No Brasil, milhares de trabalhadores e trabalhadoras atuam no teleatendimento, carregando nas costas um dos setores mais explorados do mercado de trabalho. Neste 4 de julho, Dia Nacional do Teleoperador, precisamos ir além da homenagem. É hora de cobrar respeito, valorização e direitos garantidos por lei.
6 Eixos de Luta neste 4 de Julho
Regulamentação da profissão já!
Mesmo com tantos trabalhadores na área, a profissão de teleoperador ainda não é regulamentada. Isso significa menos garantias, mais abusos e nenhuma valorização real. A regulamentação é essencial para assegurar piso salarial, jornada adequada e direitos específicos.
Chega de assédio no ambiente de trabalho
O assédio moral é parte da rotina de muitos call centers. Pressões abusivas por metas, ameaças veladas e humilhações não podem mais ser toleradas. Exigimos ambientes respeitosos e canais seguros para denúncia e responsabilização das empresas.
Cumprimento da NR 1: proteção contra adoecimento psicológico
A Norma Regulamentadora nº 1 estabelece que as empresas devem prevenir riscos que afetam a saúde mental dos trabalhadores. No teleatendimento, onde o estresse é constante, o descumprimento da NR 1 é grave. É dever das empresas proteger, e não adoecer seus funcionários.
Pagamento do salário mínimo sem desculpas!
É inaceitável que tantos teleoperadores ainda recebam menos que o salário mínimo nacional. Não existe justificativa para empresas multibilionárias pagarem abaixo do mínimo. É lei, é direito, é o básico!
Salário no mês da data-base: reajuste imediato
Muitos trabalhadores enfrentam atrasos no reajuste salarial mesmo após negociações concluídas. O reajuste deve ser aplicado no mês da data-base da categoria, sem enrolação. A inflação não espera e o trabalhador também não.
Fim da escala 6×1: mais tempo para viver
Trabalhar seis dias para folgar apenas um é desumano. A escala 6×1 prejudica a saúde física e mental e impede o convívio com a família. Lutamos por uma jornada mais equilibrada, com descanso digno e qualidade de vida.
Neste 4 de Julho, quem está do outro lado da linha quer ser ouvido de verdade!
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