Março: Mês de Luta pelos Direitos das Trabalhadoras Telefônicas
O Sinttel Bahia, em sintonia com as lutas das mulheres, destaca neste mês de março pautas cruciais para o universo do trabalho. Uma delas é o fim da jornada 6x1, modelo exaustivo que exige seis dias de trabalho para um de descanso. O Sindicato defende essa mudança, considerando a sobrecarga enfrentada pelas mulheres, que conciliam trabalho, tarefas domésticas e maternidade.
O Sindicato junto à sua Secretaria de Mulheres compreende que o descanso adequado é fundamental para a qualidade de vida. A jornada atual praticada no Brasil prejudica a saúde física e mental das trabalhadoras, especialmente no setor de Teleatendimento, onde o assédio moral é constante, a pressão por metas e a busca por banco de horas intensificam o desgaste e acabam por dificultar a busca, permanência e conclusão das mulheres em cursos técnicos, faculdades, palestras e outras ações de conhecimento. 
Por isso, a busca por dignidade e equidade no ambiente de trabalho são fundamentais para garantir direitos específicos ao gênero. 
Visando fortalecer e gerar participação da categoria sobre essa pauta, o Sinttel Bahia aplicará uma pesquisa na base sobre o fim da jornada 6x1.  A nossa luta é redução da jornada de trabalho sem redução salarial!
Acesse o site www.sinttelba.com.br e participe! 

Vivas, Livres e Sem Medo: Combate à Violência de Gênero
Outra questão urgente é a violência contra a mulher. Os números de feminicídio são alarmantes, reflexo do machismo que busca perpetuar o controle sobre a vida e as decisões das mulheres. A sociedade precisa se unir para combater essa violência e garantir o direito das mulheres sobre seus corpos e suas escolhas.  

O silêncio não protege nenhuma
Humilhar, controlar dinheiro e pertences, forçar atos sexuais, tirar a liberdade de crença em qualquer religião, diminuir a autoestima, bater, apertar e chamar de louca são algumas das violências sofridas pelas mulheres. Ficar calada diante de casos como esses só perpetua o ciclo de  violência.   É preciso denunciar e buscar proteção. 
Seguem telefones úteis: 
180 – Central de Atendimento à Mulher para todo o Brasil
Loreta Valadares - Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) em Salvador oferece acompanhamento multidisciplinar com orientação jurídica, acolhimentos psicológico, social e de teleorientação, além do pedagógico para as crianças que acompanham as mães em atendimento.
A unidade fica na Casa da Mulher Brasileira na Avenida Tancredo Neves - Caminho das Árvores (ao lado do Hospital Sarah). O atendimento é feito das 8h às 17h e o telefone de contato é (71) 3202-7390
Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAM)
No total, a Bahia tem 15 Delegacias de Atendimento à Mulher (Deam). Em Salvador, as unidades ficam nos bairros do Engenho Velho de Brotas (Rua Padre Luiz Filgueiras, s/n) e Periperi (Rua Dr. José de Almeida, s/n). Os números de atendimento são: (71) 3116-7000/7001/7002/7003/7004 (Engenho Velho) e (71) 3117-8203 (Periperi).

Assédio Moral também é violência
Sim, o assédio moral é uma forma de violência contra a mulher, e é importante reconhecer e combater essa prática que se manifesta de diversas maneiras, causando danos psicológicos e emocionais significativos.
No ambiente de trabalho se manifesta com humilhações públicas ou privadas, isolamento e exclusão, críticas excessivas e injustas, sobrecarga de trabalho ou falta de tarefas, comentários depreciativos e piadas sexistas e críticas constantes à aparência ou comportamento.
Para combater e conscientizar a categoria sobre essa violência, o Sinttel Bahia aplica frequentemente a Pesquisa sobre Assédio Moral e busca através das informações coletadas tomar medidas importantes para enfrentar essa prática que atinge majoritariamente mulheres no setor. 
Se passou por alguma situação não hesite em denunciar ao Sindicato!

Sinttel Bahia na Defesa das Mulheres
A Secretaria de Mulheres do Sinttel Bahia, liderado pela dirigente sindical Tereza Bandeira, visando a valorização e garantia de direitos às mulheres, também tem atuação nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho, tendo conseguido implementar cláusulas como auxílio-creche que é garantido em todos os acordos, auxílio aos filhos especiais e liberação para acompanhamento de filhos ao médico. 
O recente avanço para os Acordos que estão sendo negociados na Campanha Salarial 2025 é a implementação de estabilidade de um ano de emprego para trabalhadores vítimas de violência.
De cada quatro mulheres agredidas, uma não denuncia o agressor porque depende financeiramente dele. 
Essa medida visa assegurar que a dependência financeira de seus agressores não seja um obstáculo para que possam buscar apoio e tomar as providências necessárias. “É uma forma de garantir autonomia econômica e fazer com que elas saiam do ciclo de violência sem preocupações com sua subsistência”, explica a titular da pasta.  
A Secretaria é um instrumento de fomento ao empoderamento feminino,  com realizações de palestras e encontros,  formulação de boletins e campanhas, articulação política e fortalecimento das vozes das mulheres telefônicas da Bahia.

Veja aqui o informativo completo