Na reunião online ocorrida no último dia 14 de fevereiro, a LIQ ofereceu uma proposta indecente e imoral para fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho 2022. Além de apresentar um reajuste muito abaixo do Índice Nacional de Preço ao Consumidor do Período para os principais itens econômicos, a empresa ainda quer discriminar a categoria, indicando quem merece ou não, ser “recompensado” pelos prejuízos causados pela própria empresa.
O reajuste salarial e nos demais benefícios econômicos deve ser realizado na data-base, mas quando isso não ocorre, o retroativo deve equivaler à diferença entre os valores antigos e os novos e com reflexos nos encargos sociais (FGTS, INSS, Férias, 13º salário). Contudo, não é isso que a LIQ propõe.
A empresa apresentou como proposta para quem recebe o piso salarial, equiparar ao mínimo nacional somente em abril e pagar um abono medíocre de R$ 300 parcelado em três vezes (maio, junho e julho). Para quem recebe acima do piso, a proposta é aplicar somente 3,5% a partir de junho e sem abono ou retroativo. Esse índice também seria aplicado aos demais itens econômicos. O piso é para jornada de 180 horas. Para jornadas inferiores, a correção será proporcional ao piso.
O Sinttel rejeitou a proposta, pois entende que o trabalhador(a) não deve ser responsável por pagar pelas despesas e pela má gestão da empresa. A proposta sindical é de equiparação imediata do piso salarial ao mínimo nacional e aplicação do INPC nos demais itens econômicos, inclusive nos salários de quem recebe acima do piso, ou seja, reajuste de 10,42% ´