Depois de mais de quarenta dias de realizada a última reunião de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT com a TIM, os dirigentes sindicais que compõem a Comissão de Negociação da Fenattel esperavam que a operadora oferecesse uma nova e digna proposta para fechamento do Acordo, mas não foi o que ocorreu.
Na rodada de discussões realizada ontem (06/10), a TIM foi à mesa de mãos vazias, sem proposta alguma para o ACT. Essa atitude demonstra uma total falta de respeito com os trabalhadores que mantém os ótimos resultados conquistados pela operadora, mesmo em tempos de pandemia.
A TIM tem mais de 51 milhões de clientes de celular, é a segunda maior receita média por usuário (ARPU) e tem 56,85% do market share do pré-pago. Esses resultados só são possíveis graças aos esforços dos seus empregados, mas a empresa não reconhece esse sacrifício.
Enquanto a Telefônica/Vivo ofereceu 10,42% de reajuste salarial (parcelado em 2 vezes) e o mesmo índice aplicados de forma integral nos demais itens econômicos, além do pagamento de um abono de 80% do salário nominal, a TIM ofereceu apenas 3% na segunda reunião, e como teve a sua proposta rejeitada pelos Sindicatos, veio ao terceiro encontro sem proposta alguma.
Uma nova rodada de negociação foi agendada para ocorrer no dia 19 de outubro e esperamos que a TIM, enfim, ofereça algo digno de ser apresentado em assembleia.
Outros assuntos discutidos na reunião
Nessa mesma reunião, o Sindicato pediu à TIM uma revisão no saldo negativo do banco de horas dos trabalhadores das lojas. A empresa também apresentou seu plano de retorno ao trabalho.
A TIM abordou a transferência de alguns trabalhadores para a empresa FiberCo, criada para gerenciar sua infraestrutura de rede.
Os dirigentes sindicais deixaram claro para a TIM que os trabalhadores desta nova empresa e das suas contratadas serão representados pelo Sinttel Bahia.