Alielson Alves, diretor de Políticas para Diversidade do Sinttel Bahia, participou da audiência pública convocada pelo vereador de Salvador, Silvio Humberto, para discutir meios e condições para criação de políticas públicas de inserção e permanência de pessoas trans no mercado de trabalho.
A audiência realizada na manhã da quarta-feira (15) foi transmitida pela TV aberta (Canal 12.3), na rádio Cam (105.3 FM) e no site www.cms.ba.gov.br e contou com a participação do público através das redes sociais.
Também participaram da sessão Millena Passos, mulher trans, servidora pública e coordenadora do Grupo Gay da Bahia (GGB); Thiffany Odara, mulher negra trans’feminista, Yalorixá, pedagoga, escritora social e redutora de danos; João Hugo, homem transativista e comunicador social, e Yuna Vitória, mulher trans, estudante de direito e cantora.
O objetivo da atividade foi dar visibilidade e importância à pauta trans. Segundo relatório anual da Associação Nacional de Travestis e Transexuais do Brasil (Antra), o Brasil teve 175 assassinatos de pessoas transexuais em 2020. Os assustadores números apontam a média de uma morte a cada 2 dias de mulheres trans/travestis. O recorte racial também chama atenção, pois em sua maioria as vítimas eram negras, pobres e trabalhavam como profissionais do sexo por falta de acolhimento no mercado de trabalho.
“É inaceitável que pessoas sejam mortas pelo simples fato de serem quem são. A liberdade e segurança não podem ser uma exceção, e sim um direito pleno de todes, logo, o diálogo, a escuta e o entendimento de quem passa por essa realidade é de fundamental importância para a criação de políticas que promovam respeito e garantia de direitos”, pontua Sílvio Humberto.
Para Alielson, apesar do setor de telecomunicações ser um dos que mais empregam pessoas trans, há muito ainda a ser combativo quando se trata de discriminações e restrições de acesso aos LGBTQIAP+. “Parabenizo o edil pela iniciativa de discutir esse tema tão importante para a sociedade. Somos cidadãos e cidadãs com direito a usufruir dos mesmos acessos e liberdades de todes. Precisamos avançar nas discussões e construir leis que englobem as garantias para os LGBTQIAP+.