Nesta segunda-feira, os consumidores brasileiros foram surpreendidos com mais uma elevação do preço da gasolina e do diesel nos postos de combustíveis em todo país. Com esse novo valor, a gasolina no Brasil já soma um reajuste de mais de 41% do preço que finalizou em 31 de dezembro do ano passado e, por sua vez, o diesel já sofreu aumento de mais de 34%. 

Vale lembrar que desde o Governo Temer, a Petrobras passou a adotar um mecanismo de política internacional de preços, que nada mais é do que repassar para o consumidor as oscilações do mercado, inclusive aspectos cambiais, visando atender interesses de grandes grupos econômicos que são acionistas da petrolífera.

Além disso, a Petrobrás diminuiu sua capacidade de refino do petróleo e, apesar de o Brasil ter um conjunto de refinarias com grande capacidade tecnológica, seguimos hoje tendo que importar a gasolina até mesmo dos Estados Unidos. 

“O Governo Federal patina no assunto e tenta depositar a responsabilidade apenas nos tributos, que também é um grave problema. É necessário desonerar o consumo e a produção, mas isso explica em parte o problema da elevação de preços, que tem relação direta com o desmonte da Petrobrás, que reduziu a capacidade das refinarias e também está vendendo seus ativos, como a RLAM, entregue a preço de banana para um Fundo de investidores de Abu-Dhabi. Como pode um país que produz tanto petróleo ter que importar combustível?”, questiona o vereador Augusto Vasconcelos, também integrante da Comissão do Direito do Consumidor. 

Aliado a tudo isso, o gás de cozinha também segue tendo os preços alterados. De acordo com os empresários do setor de venda de gás de cozinha, há uma expectativa de que o gás até o final do ano possa custar até 200 reais se esse ritmo de aumentos não for contido. “Como é que um assalariado, dona de casa, desempregado, que não teve qualquer tipo de reajuste dos seus rendimentos, vai pagar também o aumento do gás de cozinha? É lamentável tudo isso que está acontecendo. Vamos seguir vigilantes e atuantes. Nós não vamos sossegar para defender os interesses do nosso povo e em especialmente das pessoas que mais precisam”, afirmou Augusto.