Foi realizada na última quinta-feira (16), a terceira audiência de mediação entre o Sinttel e a Tel Centro de Contatos na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE, representação estadual da Secretaria do Trabalho (antigo Ministério do Trabalho). NÃO HOUVE CONSENSO ENTRE SINDICATO E EMPRESA.
A Tel, como já vem ocorrendo desde as primeiras mediações, apresentou uma proposta esdrúxula para fechamento do Acordo Coletivo. Na primeira mediação apresentou o congelamento de todos os itens. Na segunda, propôs o reajuste ínfimo de 1,88% para os teleoperadores, algo que quando aplicado não chegava nem ao mínimo nacional; e nessa terceira ofereceu como proposta equiparar os salários dos teleoperadores ao salário mínimo nacional a partir de agosto/20, mas na forma de abono, ou seja, sem que haja pagamento dos encargos sociais, além de não pagar o retroativo calculado de janeiro a julho/20. Para quem recebe acima do piso e para os demais itens econômicos, a proposta da empresa é não reajustar.
Como já foram realizadas três mediações sem que haja avanços significativos na proposta empresarial e para que possamos dar seguimento aos trâmites legais referentes à negociação, podendo chegar até mesmo a uma judicialização, a proposta será apresentada aos trabalhadores para votação em assembleia. A orientação do Sindicato é pela REJEIÇÃO da proposta. Precisamos demonstrar à Tel o descontentamento da categoria com a falta de respeito da empresa frente à negociação.
Com essa proposta medíocre, a Tel demonstra uma total falta de consideração com a categoria, já que apesar dos esforços para atingir as metas impostas pela empresa, não tem o devido reconhecimento.
Já são sete meses de atraso, o que é ainda mais grave por estarmos em um período de pandemia, onde mesmo com os salários congelados, os trabalhadores e trabalhadoras têm desempenhado suas funções gerando lucros para a empresa.
O calendário de assembleia será divulgado na próxima semana. Reafirmamos que a orientação do Sindicato é pela REJEIÇÃO DA PROPOSTA. Precisamos demonstrar a nossa força. Uma empresa que tem contratado e investido em tecnologia não pode abandonar seus empregados à própria sorte, recebendo abaixo do mínimo nacional por tanto tempo.