A segunda audiência de mediação realizada hoje 03) entre o Sinttel e a Tel Centro de Contatos, com a mediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego – SRTE, foi frustrante. Após seis meses da data base do Acordo Coletivo de Trabalho – ACT, que é 1º de janeiro, a empresa apresentou uma proposta medíocre para fechamento do Acordo.
A proposta da Tel é não aplicar o salário mínimo para os teleoperadores, reajustando em apenas 1,88% a partir de julho/20, sem o pagamento do retroativo calculado de janeiro a junho/2; congelar os demais salários e itens econômicos (tíquete, auxílio creche, etc).
A pauta enviada pelo Sinttel à empresa no final do ano passado pede equiparação imediata do salário mínimo nacional para os teleoperadores e reajustes nos demais itens econômicos, incluindo os salários acima do piso, de acordo com o índice Nacional de Preço ao Consumidor – INPC do período, que no mês de janeiro foi de 4,30%.
A Tel afirma que a pandemia e o não reajuste dos valores nos contratos com alguns clientes dificultam a negociação, informação que foi rechaçada pelo Sindicato, que alegou que boa parte dos salários dos trabalhadores estão sendo pagos pelo Governo Federal através das Medidas Provisórias 927 e 936/20, o que de certa forma reduz os custos das empresas, além da facilitação de crédito para empréstimos a serem pagos a longo prazo.
Como não houve avanço, a Tel ficou de reavaliar a sua posição e uma nova audiência será realizada no dia 10 de julho, às 10h.