Foi frustrante a rodada de negociação ocorrida com a diretoria da NeoBPO, nos dias 13 e 14 de fevereiro. Com a desculpa da crise econômica e que perdeu o contrato em Pernambuco, a empresa simplesmente ignorou a pauta de reivindicações do Sindicato, que foi homologada pelos trabalhadores, e apresentou uma proposta totalmente imoral.
A NeoBPO mantém a proposta de pagar um salário mínimo como piso salarial, propõe pagar um abono para compensar o congelamento do vale refeição por um ano e de salário por seis meses. Para os trabalhadores que ganham acima do piso propõe repor 50% da inflação do período, ou seja, uma verdadeira piada de mau gosto.
A empresa informou em reunião que não tem como arcar com as despesas integrais para reajuste salarial e de benefícios, e por esse motivo afirmou para o Sindicato que esta é a última proposta, insistindo, inclusive, para que o sindicato já elabore um calendário de assembleia para apresentar a proposta aos trabalhadores.
Ao contrário do que a empresa quer, o Sinttel intensificará as mobilizações na porta da empresa, na capital e no interior, e construirá uma contraproposta respaldada pelos trabalhadores.
Como foi dito que é proposta final, a empresa não apresentou uma nova data para reunião. O Sinttel exige reabertura imediata das negociações e conta com os trabalhadores e trabalhadoras para conquistar os objetivos desejados.
O Sindicato avalia que só com muita luta e mobilização conseguirá mudar esse cenário tenebroso da NeoBPO, que aposta na desmobilização dos trabalhadores para aprovar o que eles querem. Se a empresa pensa que vai levar dois anos para conceder reajuste salarial e de benefícios aos trabalhadores está muito enganada.
Como na última assembleia a categoria aprovou o “estado de mobilização” proposto pelo Sinttel, a entidade fará mobilizações relâmpago nas lojas sem aviso prévio.