Notícias 20/02/2014

Déficit da previdência? Que déficit?

Por Najla Passos, Na Carta Maior

 

Dois dias após a presidenta Dilma Rousseff ir ao Congresso propor que o legislativo se una ao executivo para aprovar a reforma da previdência, parlamentares, acadêmicos, operadores do direito e sindicalistas debateram a proposta por mais de cinco horas, em audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, na última quinta (4). O consenso saiu fácil: todos eles se manifestaram terminantemente contrários.

 

Professora do Instituto de Economia da UFRJ e pesquisadora do tema, Denise Gentil comprovou com dados oficiais que, apesar da crise econômica e da discutível política de desoneração fiscal adotada pelo governo desde 2010, o sistema de seguridade social brasileiro é superavitário e cumpre bem seu papel social de distribuir renda, ao contrário do que alega o governo e a mídia corporativa. “Não há nada de errado com a previdência. O sistema é sólido e se sustenta mesmo na crise”, afirmou.

 

De acordo com ela, dados preliminares apontam que em 2015, um ano marcado por forte recessão e alta nas taxas de desemprego, a previdência obteve uma receita bruta de R$ 675,1 milhões, e gastou R$ 658,9 milhões. Portanto, mesmo com todos os problemas, ainda conseguiu gerar um superávit de R$ 16,1 milhões. Os dados relativos a 2014, já consolidados, registram uma receita de R$ 658.410 milhões contra despesas de R$ 622.895 milhões, o que resultou em uma sobra no caixa da ordem de R$ 35,5 milhões.  

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