A Campanha salarial é o período em que o Sindicato inicia as movimentações para negociar com a empresa pleitos da categoria. As reivindicações são levantadas através de pesquisa e formulação de pauta, documento em que os trabalhadores devem sinalizar os anseios e desejos. Neste período, são de grande importância o envolvimento e atenção dos trabalhadores (as) para com as orientações passadas pela entidade que os representa.

É o momento em que a empresa busca de diversas formas garantir a maior fatia do bolo, usando, por exemplo, “itens atrativos” (mudanças de Targets de Programa de Participação nos Resultados - PPR, subsídios em aquisição de produtos) como manobra de aprovação dos acordos, mas que na prática são colocados apenas para induzir pela aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho - ACT.

Neste período, não se pode deixar enganar.  Cada item do acordo diz respeito a uma situação específica, por isso torna- se necessário fazer uma análise detalhada de todas as cláusulas, principalmente no cenário pós reforma trabalhista, em que o negociado se sobrepõe ao legislado.  A aprovação de um ACT ruim afeta em longo prazo,  o dia a dia dos empregados.

Para ilustrar a situação, pode-se lembrar da retirada das Horas Extras e implantação do Banco de Horas aplicados pela Claro.  Uma mudança que parecia benéfica para muitos, mas que retira a autonomia do trabalhador e é utilizada pela empresa de acordo com as suas necessidades. O abatimento do banco de horas na não abertura do shopping em período de Carnaval é uma prática adotada pela empresa para benefício próprio e que viola  o  ACT. 

O Sinttel Bahia faz a sua parte, mas o trabalhador também precisa contribuir com a sua.  E essa contribuição é sugerir pleitos, reivindicar, seguir orientações, apontar problemas, discutir soluções e cobrar da empresa.  Daqui para frente se inicia mais um período importante e que determina uma série de implantações e mudanças, tanto para empresa quanto para empregados. 

Sinttel se reúne com a Claro

O Sinttel Bahia se reuniu com a Claro, no mês de abril, para tratar das diversas situações e demandas que dizem respeito aos empregados da empresa, dentre elas o pagamento de periculosidade, remuneração variável e PPR.

O Sindicato cobrou o pagamento do adicional de periculosidade para os trabalhadores oriundos da NET - que desenvolvem a função de instaladores-, que lidam com riscos elétricos em áreas energizadas e de alta voltagem.

A empresa continua irredutível  e alega que essas atividades não são realizadas por profissionais de seu quadro, e sim de prestadores de serviços, o que não a coloca em obrigação de arcar com riscos inexistentes. Um verdadeiro absurdo!  O Sindicato recomenda que os trabalhadores que exercem essa função, se mobilizem em comitiva para discutir com a entidade caminhos para combater esta prática da empresa.

O Sindicato cobrou da empresa a criação de uma comissão técnica – conforme garante o acordo coletivo de trabalho - para realização de estudos para prevenção de acidentes de trabalho  e doenças profissionais, o que a empresa não vem cumprindo.

Remuneração Variável

Esse é um dos pontos mais batidos pelo Sindicato com a operadora ao longo das negociações, mas parece que a empresa recarrega sua energia para dificultar melhorias nesta discussão.  

A cultura de diferenciar condições e valores para o pagamento de remuneração variável para seus empregados tem ocorrido de forma abrangente em diversos estados. Os trabalhadores se esforçam para atingirem os indicadores, mas na hora de receberem as bonificações, se deparam com valores distintos e irrisórios. 

A alegação da operadora é que a diferenciação no  pagamento se dá em razão dos produtos e canais serem distintos. 

Transparência e isonomia já!

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