A nefasta reforma trabalhista aprovada pelo Senado Federal e sancionada por Michel Temer, presidente com menor aprovação do povo brasileiro em toda a história da república, já começou a surtir os efeitos negativos na OI.

No início desta semana, a operadora demitiu sumariamente quarenta trabalhadores. Enquanto os gestores da empresa afirmam que só demitiram os empregados do setor experimental, informando que o mesmo foi desativado por não apresentar o resultado esperado, o Sindicato, por já conhecer o modus operandi da OI, enxergou que trabalhadores de outros setores também poderiam ser demitidos, o que foi posteriormente constatado.

A Oi tem expertise em demitir trabalhadores e contratar mão de obra terceirizada com salários e benefícios inferiores. Foi assim na planta externa, onde os trabalhadores amargam até hoje a precarização das condições de trabalho, migrando, quase que anualmente, de empresa em empresa; e também na planta interna, onde graças à luta do Sinttel Bahia conseguimos incorporar esses trabalhadores ao quadro funcional da OI garantindo direitos e benefícios iguais para todos.

De acordo com uma trabalhadora que foi demitida, um dos momentos mais humilhantes foi quando os desligados foram praticamente escoltados para saírem do prédio, um flagrante de desrespeito e descompromisso profissional.  A Oi nega a informação.

Segundo um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - DIEESE, no ano de 2016, cada trabalhador da OI contribuiu com R$ 1,3 milhão para os lucros da operadora.  O valor adicionado em 2015 foi de R$ 22,7 bilhões (crescimento de 35% em comparação com 2014) e a produtividade foi de R$ 1,3 milhão, ou seja, cada trabalhador contribuiu com esse montante para a geração de riqueza na Oi.  Se encontrou o valor de R$ 1,3 milhão dividindo o valor adicionado de R$ 22,7 bilhões pelo número de empregados em 2015. Eram 16.557 trabalhadores.

Ou seja, a operadora só quer saber de lucro, sem se importar com os trabalhadores.