Notícias 20/02/2014

OI: de Supertele a quase falida

O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações da Bahia – Sinttel Bahia torna pública a sua preocupação com os empregados da operadora de telefonia OI e de suas prestadoras de serviço, diante das recentes notícias publicadas na imprensa em que são divulgadas informações sobre a crise financeira da empresa.

 A apreensão do Sindicato é pertinente tendo em vista que historicamente é sempre a classe trabalhadora a mais prejudicada com as consequências das más gestões de recursos praticados pelos corpos diretivos das empresas, que diante de dificuldades financeiras, infelizmente, têm como postura corriqueira executar demissões em massa, precarizar as condições de trabalho e atacar os direitos trabalhistas conquistados com muita luta e suor.

Em nota à imprensa, a operadora OI afirmou que fez o pedido de recuperação judicial para manter as boas condições de prestação de serviço, melhorar na estrutura do capital financeiro e para cumprir com todas as obrigações trabalhistas e de benefícios aos atuais funcionários. Entretanto, só no primeiro semestre deste ano, a OI demitiu mais de mil empregados em todo Brasil, uma prova de que a recuperação judicial não terá como compromisso a manutenção dos postos de trabalho e o oferecimento de condições adequadas de trabalho, mas a sustentação dos bens financeiros da empresa.

 

As prestadoras de serviço da Oi também têm acumulado um grande número de demissões, fato registrado principalmente no setor de teleatendimento, por exemplo, onde a Contax, prestadora de serviço de call center da Oi, demitiu aproximadamente três mil pessoas nos primeiros meses deste ano, somente na Bahia.

O que se passa atualmente foi descrito nos boletins e jornais que publicados pelo Sindicato ano após ano, desde a privatização dos Sistemas Telebrás e Embratel. O Sinttel iniciou na década de 90, período da desestatização das Teles, as denúncias dos prejuízos causados pela venda das empresas de telefonia. Sucateamento dos serviços, precarização da mão de obra e demissões em massa foram alguns dos estragos que anunciamos à época. As nossas previsões são ratificadas dia a dia quando analisamos o atual cenário do setor de telecom.

A consequência disso é que temos hoje um dos serviços de telecomunicações mais caros do planeta, de acordo com pesquisas recentes divulgadas pela União Internacional das Telecomunicações, e a qualidade do serviço prestado teve uma queda significativa, tanto que as empresas integrantes do grupo OI configuram sempre as primeiras nas listas de reclamações dos órgãos de defesa do consumidor.

Todo o nosso esforço para a criação de uma empresa pública a serviço da inclusão e do desenvolvimento tecnológico, todo trabalho de engenheiros, técnicos e especialistas foi desprezado pela Oi.  Transformaram a empresa num agente de interesses escusos, de fachada, agora, quase falida.

Diante desse caos corporativo, o Sinttel Bahia está a postos para defender os interesses  dos trabalhadores da Oi, assim como os participantes e pensionistas da Fundação Atlântico,  a fim de assegurar os seus empregos  e as suas aposentadorias.

O Sinttel Bahia está acompanhando a situação da OI e os seus impactos para o setor telefônico, para os trabalhadores e para a sociedade.

Sinttel Bahia

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