Notícias 27/03/2019

Oi divulga resultados financeiros e operacionais de 2018

Fonte: Minha Operadora

 

No 4º trimestre de 2018 (4T18), o resultado financeiro líquido da Oi totalizou uma despesa de R$ 916 milhões, em comparação a uma despesa de R$ 1.455 milhões no 3º trimestre de 2018 (3T18) e a uma receita de R$ 1.927 milhões no mesmo trimestre do ano anterior.

No ano, a Companhia acumulou receita financeira de R$ 26.609 milhões vs despesas de R$ 3.197 milhões em 2017, resultado dos efeitos positivos resultantes da conclusão do processo de Recuperação Judicial da Companhia, homologado em 05 de Fevereiro de 2018, a saber, a reversão de juros e IR sobre a dívida, o haircut dos bonds e o ganho de Ajuste a Valor Justo (AVJ).

A redução trimestral é explicada principalmente pela contabilização de receitas de R$ 235 milhões no item “Resultado Cambial Líquido” por conta da valorização de 3,2% do Real vs Dólar no período (vs desvalorização no 3T18). Soma-se a isso, menores despesas de “Juros Líquidos”, principalmente nos juros das dívidas denominadas em moeda estrangeira, também beneficiado por tal apreciação.

Contribuindo negativamente para o comparativo trimestral, o item “Outras Receitas / Despesas Financeiras” somou R$ 663 milhões, decorrente de maiores despesas com tributos e contingências e despesas financeiras com juros sobre depósitos judiciais.

Menores despesas de “Juros Líquidos” e “Resultado Cambial Líquido” registradas no 4T18 vs 4T17 são explicadas pelo início da contabilização da dívida reestruturada no primeiro trimestre. Vale ressaltar que o item “Outras Receitas / Despesas Financeiras” no 4T17 contempla receitas de R$ 4.631 milhões, que reflete o impacto positivo gerado na revisão dos critérios de cálculo da provisão das contingências com a ANATEL.

No consolidado anual, a receita financeira de R$ 26.609 milhões registrada em 2018, é decorrente, principalmente, do impacto positivo em “Outras Receitas / Despesas Financeiras” da receita do ajuste a valor justo da dívida reestruturada (R$ 13,3 bilhões), do haircut dos bonds (R$ 11,6 bilhões) e da reversão de juros e IR acumulados durante o período de Recuperação Judicial (R$ 5,8 bilhões).

Lucro (Prejuízo) Líquido

No 4T18, o resultado operacional da Companhia antes do resultado financeiro e dos tributos (EBIT) foi negativo em R$ 5.694 milhões, comparado ao 4T17 também negativo em R$ 3.181 milhões e comparado ao trimestre anterior, negativo em R$ 6 milhões. No trimestre, a Companhia registrou resultado financeiro líquido negativo de R$ 916 milhões e resultado positivo na linha de Imposto de Renda e Contribuição Social, no valor de R$ 3.267 milhões, resultando em um prejuízo líquido consolidado de R$ 3.343 milhões.

Endividamento e Liquidez

A Oi S.A. apresentou dívida bruta consolidada de R$ 16.450 milhões no 4T18, um aumento de 1,9% ou R$ 313 milhões em relação ao registrado no 3T18. Quando comparado ao 4T17, a dívida bruta consolidada foi reduzida em 69,9% ou R$ 38.170 milhões. A redução no comparativo anual, conforme mencionado anteriormente, é resultado da conclusão do processo de Recuperação Judicial da Companhia, uma vez que os efeitos contábeis das condições contratuais das novas dívidas passaram a valer a partir de 05 de fevereiro de 2018, data da homologação do Plano.

O aumento no trimestre, por sua vez, é atribuído, principalmente, ao efeito do accrual (acumulado) de juros sobre as dívidas e da amortização do ajuste a valor justo (AVJ) no período, compensado, parcialmente, pelo impacto positivo da valorização do Real vs Dólar (3,2%) sobre a parcela da dívida denominada nesta moeda.

Ao final do 4T18, a parcela da dívida em moeda estrangeira representava 53,7% da dívida a valor justo e o prazo médio consolidado encontrava-se em cerca de 12 anos.

A companhia encerrou o 4T18 com caixa de R$ 4.624 milhões, uma redução de 10,4% em relação ao 3T18 e de 33,9% quando comparado a Dezembro de 2017, resultando em uma dívida líquida de R$ 11.826 milhões no trimestre. A redução no caixa no trimestre ocorreu, principalmente, em função da aceleração do Capex (montante de dinheiro despendido na aquisição de bens de capital) no período, além de obrigações pontuais relacionadas à implementação do Plano, incluindo pagamentos aos credores. Cabe ressaltar que, em janeiro de 2019, a companhia concluiu o aumento de capital, conforme previsto no PRJ, reforçando o caixa consolidado no montante de R$ 4,0 bilhões.

Receita Líquida

No 4T18, a receita líquida consolidada atingiu R$ 5.365 milhões, queda de 7,9% em relação ao 4T17 e de 2,1% em relação ao trimestre anterior. No trimestre, a receita líquida das operações brasileiras (“Brasil”) totalizou R$ 5.317 milhões (-8,0% em comparação com o 4T17 e -2,1% em relação ao 3T18) e a receita líquida das operações internacionais (África e Timor Leste) foi de R$ 48 milhões.


VIU ISSO?

No acumulado de 2018, a receita líquida total consolidada foi de R$ 22.060 milhões, queda de 7,3% em relação a 2017. A receita líquida das operações brasileiras (‘Brasil”) totalizou R$ 21.860 milhões em 2018, redução de 7,2% comparada a 2017, ao passo que a receita líquida das operações internacionais totalizou R$ 200 milhões em 2018, queda de 14,0% em relação ao ano anterior.

Brasil

No 4T18, a receita líquida das operações brasileiras totalizou R$ 5.317 milhões, redução de 8,0% na comparação anual e de 2,1% na comparação trimestral. A comparação anual ainda está parcialmente impactada pelo reajuste de tarifas ocorrido no 3T17, com reflexo nos segmentos residencial, mobilidade pessoal e pequenas empresas. Já a queda na comparação sequencial é explicada pela piora na performance do residencial, sendo parcialmente compensada pela boa performance da mobilidade.

Os três segmentos (Residencial, Mobilidade Pessoal e B2B) continuam sendo impactados pela queda do tráfego de voz. Por outro lado, a receita de dados do segmento de Mobilidade Pessoal e a receita de TV Paga do Residencial seguem crescendo, compensando parcialmente essa queda.

A receita líquida total de serviços, que exclui a receita de venda de aparelhos, totalizou R$ 5.253 milhões no 4T18, -8,2% em comparação ao 4T17 e -2,4% em comparação ao 3T18, enquanto a receita líquida total de clientes, que exclui a receita de venda de aparelhos e a receita de uso de rede, totalizou R$ 5.083 milhões no período, -7,9% versus o 4T17 e -2,8% versus o 3T18.

Resultados Operacionais

Residencial

A receita líquida do segmento Residencial totalizou R$ 2.003 milhões no 4T18, apresentando uma queda de 11,7% em relação ao 4T17. Na comparação trimestral, a receita do segmento reduziu 3,9% versus 3T18. A queda da receita de telefonia fixa e de banda larga foi parcialmente compensada pelo crescimento anual de 2,2% da receita de TV paga.

No 4T18, a Companhia acelerou ainda mais os investimentos em fibra para levar banda larga de altíssima velocidade até a casa do cliente e oferecer uma melhor experiência, dando sequência à estratégia estruturante para rentabilizar o segmento. Este projeto utiliza uma abordagem inovadora chamada de “Reuso de Rede”, em que alavanca-se a robustez da sua rede de transporte e a capilaridade da rede de fibra metropolitana para expandir a disponibilidade de Fiber-to-the-home (FTTH) com mais agilidade, a um custo, em média, 30% menor que a abordagem tradicional e de forma mais eficiente comercialmente, atendendo o aumento da demanda de mercado.

A Companhia registrou 14.746 mil UGRs no segmento Residencial ao final do 4T18, queda anual de 7,2% em comparação ao 4T17 e de 2,8% em relação ao 3T18, devido principalmente à redução da base de telefonia fixa, seguindo a tendência natural do mercado de redução do uso de voz, e da base de banda larga.

ARPU (Receita Média por Cliente) Residencial

No 4T18, o ARPU do segmento Residencial foi de R$ 79,6, queda anual de -2,1% e de -0,8% na comparação trimestral.

 

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