Notícias 14/06/2017

Sinttel promove audiência pública sobre precarização no call center

Foi realizada na tarde de ontem (13), a audiência pública que o Sinttel Bahia e o vereador de Salvador, Hilton Coelho (PSOL), promoveram com o objetivo de discutir a precarização no trabalho de call center (teleatendimento). Participaram da mesa de discussões, o procurador do Ministério Público do Trabalho – MPT, Luiz Carneiro, o auditor fiscal do trabalho, Mário Diniz, além dos dirigentes sindicais Ayglê Portela e Orlando Helber.

Durante o evento foram elencados os principais problemas enfrentados pelos trabalhadores em teleantedimento, dentre eles, o assédio moral, a pressão por metas e os altos índices de adoecimento físico e psicológico.

Durante a sua abordagem, o procurador Luiz Carneiro ressaltou que a precarização coloca em risco  a saúde do trabalhador. “Precisamos esclarecer que quando falamos em precarização, estamos falando da violação da dignidade humana. Precarizar  é colocar em xeque a saúde e a segurança que a nossa Constituição Federal  assegura como sendo direitos sociais da classe  trabalhadora”, disse o procurador, lembrando que as empresas de teleatendimento são acionadas recorrentemente em ações promovidas pelo sindicato o que, inclusive, resultou na comissão tripartite formada pelos sindicatos de todo o país, dentre eles o Sinttel Bahia, empresas de teleatendimento e ministério público, e que discute nacionalmente melhorias para o setor.

 

 

 

                                                    

A plateia assiste atenta às intervencões ddos palestrantes                   As dirigentes Sandra Dias e Diana Bulhosa junto com o procurador Luiz Carneiro

O auditor fiscal do trabalho, Mário Diniz, aproveitou a oportunidade para denunciar o processo de sucateamento por que passam as Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego – SRTE’s e os prejuízos que os trabalhadores terão com a reforma trabalhista. “Foi a luta social dos trabalhadores que transformou a relação de trabalho em relação de emprego, atribuindo aos empregadores um conjunto de responsabilidades, e é isso que perderemos com a reforma trabalhista, pois teremos a coisificação do trabalho, algo que implica em tratar a mão de obra como coisa. Quando se perde a perspectiva de dignidade do trabalhador”.

 

A dirigente Edla Rios com o auditor fiscal Mário Diniz e o dirigente do Sindicato dos Vigilantes

 

A dirigente Ayglê Portela ressaltou as ações adotadas pelo Sindicato no combate ao assédio moral e ao adoecimento laboral. “O Sindicato fiscaliza as empresas de acordo com as demandas de reclamações dos trabalhadores. Distribuímos constantemente as cartilhas com o Anexo II da Norma Reguladora 17, documento que norteia as condições de trabalho dentro das empresas de teleatendimento. Estamos sempre vigilantes na busca de que as empresas ofereçam aos trabalhadores condições dignas de trabalho”.

 

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